terça-feira, 27 de outubro de 2009

Curso produção tesxtual I - Atividade 3º Semana

CURSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA I
ATIVIDADES SEMANA 3 (de 05 A 12/10 )
1) Leitura dos textos.
2) A) Podemos entrelaçar os dois autores, Costa Val, nos conduz a textualidade do texto, intencionalidade, situcionalidade,todo significativo, informatividade, o contexto cultural do discurso, para se ter uma escrita elaborada. A coesão manifestação lingüística da coerência; advém da maneira como os conceitos e relações subjacentes são expressos na superfície textual. Responsável pela unidade formal do texto, constrói-se através de mecanismos gramaticais e lexicais .
Assim Costa Val, menciona que o nexo nem sempre precisa estar explicito, ele se constrói no nível semântico-cognitivo.
Será que podemos então criar um elo entre Costa Val e Benveniste? Se, a instalação da “subjetividade” na linguagem cria na linguagem e, acreditamos igualmente fora da linguagem, a categoria da pessoa. Tem além disso , efeito muito variados sobre a própria estrutura das línguas, quer seja na organização das formas ou nas relações da significação; pois a subjetividade para Benveniste está no exercício da língua, que se materializa no próprio texto.

B) Benveniste, questiona a linguagem como instrumento, é útil que as evidências de seu uso se justifique; a linguagem apresenta disposições tais que a tornam apta a servir de instrumento: prestar-se a transmitir o que lhe confio – uma ordem, uma pergunta, um anúncio - e provoca no interlocutor um comportamento cada vez, adequado.
Aspecto técnico da linguagem ---------------------estímulo X resposta =caráter imediato e instrumental da linguagem
Assim o homem e linguagem estão intimamente unidos ela não é o instrumento para isso. Será que não confundimos linguagens com discurso? A linguagem está na natureza do homem, que não a fabricou. Não atingimos nunca o homem separado da linguagem e não o vemos nunca, inventando-a. É um homem falando com outro homem, e a linguagem ensina a própria definição do homem.

C) É na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito; porque a linguagem fundamenta na realidade, na sua realidade que é a do ser o conceito de “ego”. Capacidade do locutor para se propor como sujeito.
A consciência de si mesmo só se é possível se experimentada por contraste. Eu não emprego eu a não ser dirigindo-me a alguém que será na minha elocução um tu. Essa condição de diálogo é que é constituída da pessoa, pois implica em reciprocidade.
A linguagem só se é possível porque cada locutor se apresenta como sujeito, remetendo a ele mesmo como eu no seu discurso. Relacionemos aos nossos alunos , e ao nosso cotidiano, retomando Passarelli, “Necessitamos tornar nossas verdades bonitas e precisamos dizer aos outros: Isto sou eu. Nosso aluno aos poucos precisa adquirir o conhecimento da situcionalidade, aceitabilidade, de seu texto; o outro alimenta o meu ego na elaboração do meu discurso, quando discurso ensino a mim mesmo, aprendo e descubro os dizeres do meu eu.

D) A língua é valor . Observe: jê jure por Il jure, enquanto je jure é um compromisso, Il jure é apenas uma descrição. Vê-se aqui as condições próprias dessas expressões, que o mesmo verbo, segundo seja assumido por um “sujeito” ou esteja colocado fora da “pessoa”, toma valor diferente.
Veja – o verbo apresenta o ato, ao mesmo tempo em que fundamenta o sujeito. Assim o ato é cumprido pela instância de enunciação de seu “nome” (que é jurar) ao mesmo tempo em que o sujeito é apresentado pela instância de enunciação do seu indicador ( que é “eu”).
E como relacionar essa intersubjetividade as competências relacionadas a produção do texto do aluno? Há algo de muito singular, que é exclusivamente lingüístico: eu se refere ao ato do discurso individual no qual é pronunciado, e lhe designa o locutor. È na instância de discurso na qual o eu designa o locutor que este se anuncia como “sujeito” .É portanto verdade ao pé da letra que o fundamento da subjetividade está no exercício da língua. Veremos que não a outro testemunho objetivo da identidade do sujeito que não seja o que ele dá assim, ele mesmo sobre si mesmo.


3 – Texto: O HOMEM NA LINGUAGEM – “INTERIOR/EXTERIOR”.

Fotografamos diversas manifestações em nosso dia-a-dia, vemos alunos com senso crítico aguçado, reivindicando seus interesses, desejando instalar suas verdades, porém quando fazemos um RX desse aluno, nos deparamos com a imaturidade, ausência de desejos como ouvir, observar, vencer etapas, trilhar os pedregulhos tão necessários para que ele tenha um bom produto – um texto claro, gostoso de se ler e que acrescente conhecimento.
Daí a relutância em escrever? Passamos por uma crise na capacidade de estruturar um texto, no desempenho cognitivo e professores impotentes, diante da falta de conscientização na posse de valores os quais permitirão a continuidade dos estudos para o nosso aluno.
Por isso, Passarelli, nos pergunta: “Que graça tem a escola?” Vamos primeiro viver os textos reais, dos quais são feitos a vida do aluno, lendo e entendendo conforme o seu repertório, escrevendo sua época, escolhendo o tópico, o tema sobre o qual quer falar. Escrever para si próprio e não para ser avaliado, aqui podemos nortear Benveniste – “ È na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito”; porque só a linguagem fundamenta na realidade, na sua realidade que é a do ser, o conceito de “ego”. A linguagem só é possível porque cada locutor se apresenta como sujeito, remetendo a ele mesmo como eu no seu discurso.

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